Tópico aleatório do dia: apresentações de PowerPoint. Antes das atuais mensagens de bom dia do WhatsApp, as pessoas (leia-se, tias da internet) nos anos 2000, a recém desbravando o mundo digital, também gostavam de espalhar mensagens reflexivas para os outros. Em uma época sem as tecnologias de hoje, a principal forma para tal era enviar apresentações de PowerPoint pelo Hotmail.
Tratavam-se de slides automáticas, com uma música de fundo, imagens de flores e textos que apareceriam e sumiam. Mais elaborado que hoje em dia, diga-se de passagem.
Nem sempre eram coisas emocionais, também se tinham aquelas mais cômicas...
E as apresentações sempre terminavam com a informação do email do autor original daquele PowerPoint. Mais para o final da década, também começaram a surgir os recados do Orkut, mais semelhantes ao que se tem hoje.
*Que fim levou?
Nos anos 2010, os e-mails foram amplamente substituídos pelos mensageiros instantâneos no uso do dia-a-dia. A maior proliferação desta plataforma permitiu o surgimento e a repetição exaustiva de certos “vícios”, como as risadas irritantes e o uso de I.A.
Pode não parecer, mas a Nickelodeon já foi um canal bom. Nos
anos 200, era a principal referência em desenhos animados, cultivando uma
rivalidade acirrada com o Cartoon Network. Mesmo quem não tinha TV por
assinatura ainda consegui assistir os desenhos do canal por meio da TV
Globinho, Band Kids, e mais os inúmeros DVDs que foram lançados naquela época.
Logo de 2003 a 2010 (Brasil)
No começo da década havia uma grande variedade de séries do
estúdio, com os Anjinhos, mais popular até então, passando a tocha para Bob
Esponja que ainda tinha disputar a audiência com Padrinhos Mágicos.
Nicktoons em 2002
Os Anjinhos foi um sucesso nos anos 90, mas continuou tendo
novos episódios até 2003. Tratava de bebês que podiam conversar entre si, mas
os adultos não conseguiam entender sua comunicação. Angélica, por outro lado,
tinha três anos e conseguia conversar com ambos, podendo assim tirar vantagem.
O desenho também foi exibido no Sábado Animado e na TV Globinho.
Ganharam um crossover com os Thornberrys no filme “Os
Rugrats e os Thornberrys vão Aprontar” (2003), no qual eles encontravam uma
família de documentaristas cuja filha, Eliza, é capaz de falar com os animais.
Esta outra série foi exibida de 1998 até 2004.
Os Anjinhos também ganhariam uma continuação por meio da
série “Rugrats Crescidos” (2003-2008), no qual os personagens já são
pré-adolescentes.
Hey Arnold, assim como os Anjinhos, foi outra série de
sucesso dos anos 90 que durou até os anos 2000, especificamente até 2004. Esta
trazia o cotidiano de um menino com cabeça de bigorna, e seus amigos também com
cabeças estranhas.
CatDog (1998-2005) e Rocket Powers (1999-2004) foram outros
desenhos que fizeram sucesso no começo dos anos 2000, embora não tão grande
quanto aquele que é considerado o mais popular da década, e possivelmente do
século: Bob Esponja. Aqui no Brasil, ele chegou em 2000 na Nickelodeon e 2003
na Globo, logo se tornando uma febre. Brinquedos, livros, roupas, jogos, fitas
VHS e os icônicos DVDs da série tomaram conta das bancas. O sucesso foi tamanho
que gerou um filme em 2004, onde eles precisam recuperar a coroa do Rei Netuno
na cidade proibida das Conchas...e no caminho encontram David Hasselhoff. Algo
curioso era que, enquanto o desenho era transmitido na TV Globinho, que possuía
os direitos do filme era o SBT, que o exibida de vez em quando no Sábado
Animado.
Uma particularidade de muitos desenhos da Nick nos anos 2000
é o fato de terem sido animados na Klasky Csupo, estes possuindo um traço muito
semelhante. Além dos já citados Thornberrys, Rocket Power e Rugrats, outro
também feito neste linha foi Ginger (2000-2004), um desenho sobre uma típica
adolescente enfrente o drama de crescer...
O segundo maior Nicktoon, depois de Bob Esponja, foi
Padrinhos Mágicos, lançado em 2001 e perdurando por 16 anos. Um dos momentos
mais icônicos da série foi o crossover “Jimmy e Timmy: O Confronto”. Jimmy
Neutron (2002-2006), por sua vez, trata a história de um menino gênio que gosta
de chamar a água de H2O. Com uma animação 3D que na época era impressionante
para um programa de TV, a série é um derivado do filme lançado em 2001 (Jimmy
Neutron: O Menino Gênio) e que por algum motivo foi indicado ao Oscar.
Butch Hartman, o criador de Padrinhos Mágicos, ainda traria
“Danny Phantom” (2004-2007) ao mundo, um desenho sobre um garoto que adquire
poderes após a explosão de um laboratório (sempre). Agora ele é um adolescente
metade fantasma, precisando esconder suas habilidades a fim de manter uma vida
normal.
Em 2005 foi lançada aquela que viria a ser considerada uma
das maiores animações de todos os tempo, Avatar: A Lenda de Aang. A série foi
concluída em 2008.
“Há muito tempo, as nações do tempo viviam em paz e
harmonia. Mas tudo isso mudou, quando a Nação do Fogo atacou.”
Em 2007, a Nickelodeon voltaria a apostar em séries 3D,
começando com O Segredo dos Animais, baseada no filme de 2006. Cheia de
referências à cultura pop, a série estreou na TV Globinho já no final da
década.
Em 2008 foi a vez dos Pinguins de Madagascar receberem uma
série própria, afinal eram os personagens do momento depois do sucesso de
Madagascar (2005). Nesta trama, eles vivem no zoológico do Central Park, junto
a Rei Julian e companhia.
Também não se pode esquecer as séries live-action da
Nickelodeon. Uma das mais populares foi Drake e Josh (2004-2008), estrelado por
dois garotos que se tornam irmãos após os pais se casarem (descrição meio
estranha, mas é isso).
Zoey 101 (2005-2008) também fez certo sucesso, mas não tanto
quanto o que viria depois...iCarly foi lançado em 2007, e trazia a história de
Carly e Sam, duas amigas que inesperadamente se tornam estrelas da internet.
Com esse tema, iCarly foi um programa bem pioneiro por assim dizer. Numa
chamada recente do SBT, ela até foi referida jocosamente como a primeira
youtuber.
Enfim, inúmeros foram os programas marcantes que a Nick
estreou nos anos 2000 e que poderiam ser abordados aqui, tais como Invasor Zim
(2001-2004), Uma Robô Adolescente(2003-2009) e Mighty B! (2008-2011)...esta última foi popular nos EUA,
mas por aqui é praticamente uma lost media.
Além do desenhos, não se pode esquecer o icônico logo da
Nickelodeon. O famoso splat laranja que possuía uma variação específica para
cada desenho.
VHS e DVD (1997-2009)
Variante do Bob Esponja
Variante dos Padrinhos Mágicos
Variante do Danny Phantom
2006–2011
2008-2013
*Que fim levou
A Nickelodeon entrou em decadência a partir de 2010,
lançando desenhos que não obtiveram sucesso frente ao “trio de ouro” do Cartoon
Network. Sem contrato com seus antigos estúdios como Klaspy Csupo, DNA e O
Entertainment, a Nick apostou em estrelas da internet, spin-offs pouco
inspirados, “cópias” de desenhos de sucesso dos concorrentes,e animações hiperativas com humor fácil e
infantil.
Mas o pior mesmo foi terem trocado o logo clássico por algo
mais minimalista em 2010 (aqui no Brasil). Recentemente até andam adotando
estratégias para resgatar a nostalgia da velha Nickelodeon, mas com pouco
sucesso.
Nos anos 2000, os celulares se popularizaram de vez, mas não
eram smartphones como os de hoje em dia. Por mais que naquela época fossem
inovadores (chegando a ser considerados o ápice da tecnologia, segundo um certo
filme por aí...), hoje em dia a maior parte deles é chamada de dumbphone
(telefone burro). E nem eram Apple ou Samsung, mas a poderosa Nokia que
dominava o setor. Mas vamos por partes.
Um Pato Muito Louco (2001)
Nos anos 90, os celulares já estavam chegando, sendo comuns
especialmente entre empresários, mas foi na década de 2000 que o público em
geral passou a ter acesso. Diferente de hoje, o produto era considerado coisa
de adulto, afinal de contas porque uma criançar iria querer um dispositivo que
basicamente só servia para ligações. Adolescentes também estavam começando a
utilizá-lo, basicamente só para perder tempo com SMS.
A empresa responsável pelo advento do celular foi a Nokia,
com o seu revolucionário Nokia 3310, conhecido como “tijolão” e lançado no ano
2000. Este trazia o clássico Nokia Snake, o jogo da cobrinha. Além disto podia
enviar e receber SMS, possuía um compositor de música, menu animado, e discagem
por voz.
Nokia 3310 (2000)
Nokia Snake
Porém, o celular mais vendido da empresa, e da história, foi
o lendário Nokia 1100, fabricado de 2003 a 2009, e contabilizando 250 milhões
de unidades. Tinha por novidades a possibilidade de suportar chats e telas de
descanso, além de possuir um teclado de silicone diferentoso.
Nokia 1100 (2003)
Cabe destacar ainda o Nokia 1110, lançado em 2005 e com
muitas semelhanças para com o anterior, mas com o diferencial de possuir toques
polifônicos. Em resumo, a Nokia dominou a década de 2000, chegando a ter 15
novos modelos disponíveis no ano de 2008. O sucesso foi tamanho que ela
pleiteou entrar no ramo dos consoles com o seu N-Cage, datado de 2003, mas não
emplacou.
N-Cage (2003)
Mas se há um diferencial nos celulares dos anos 2000, e que
sustenta até hoje, certamente é o design. Cada celular era único, com as marcas
querendo se destacar umas das outras. Diferente da monotonia de hoje em dia.
Neste aspecto, a Motorola foi uma das que obteve maior destaque através de seu
Motorola RAZR V3, o qual era um celular flip (daqueles que abrem e fecham)
ultrafino e com teclado desenhado a laser. Além do mais, possuía câmera, algo que ainda
não era tão comum.Como esquecer a tal
resolução de batata.
Motorola RAZR V3 (2004)
Os celulares flip, aliás, acabariam por se tornar um dos
símbolos da década. Quando se pensa em celular dos anos 2000, certamente os
flip são os primeiros a vir a cabeça. Se tinham exemplos populares como o
Motorola U9 (de 2008), com seu design estranho;e o Nokia 2760, bem padrão de 2007.
Motorola U9 (2008)
Nokia 2760 (2007)
Já mais para o final da década, os celulares com teclado
QWERTY começaram a se popularizar, em especial a Blackberry, a qual chegou a
controlar 20% do mercado de celulares em 2009. Um de seus modelos mais
populares foi BlackBerry Bold 9700, lançado no mesmo ano e já dispondo de
internet 3G, algo que estava lentamente substituindo o 2G naquela época. Com
este teclado ficava bem fácil digital no que no tradicional modelo numérico.
BlackBerry Bold 9700 (2009)
Outra empresa que também passou a apostar em celulares com
este design foi a Samsung, embora seu modelo mais popular tenha sido um
convencional mesmo: o Samsung E1100, lançado em 2009 e vendendo mais de 135
milhões de unidades.
Samsung E1100 (2009)
Mas não só de celulares vive o mundo dos celulares... Vamos
falar um pouco de tendências, afinal, celulares diferentes hábitos diferentes. Por
exemplo, era comum o uso de chaveiros na antena do celular.
O bluetooth era a principal forma de transferir arquivos de
um aparelho para outro. Estes arquivos geralmente eram gifs e vídeos curtos.
Uns eram engraçados, outros eram basicamente as mensagens de bom dia do Orkut.
Por falar nisto, era comum você pagar para obter um gif ou um papel de parede
diferente.
Tipo de vídeo que era compartilhado por Bluetooth
Estes recursos diferentes também podiam ser obtidos por meio
do famoso “envie um SMScom a palavra
AMOR para o 48022”. Seguido tinha na TV um comercial do tipo, geralmente
proveniente da natta.com, ofertando coisas como piadas, joguinhos, raio-X, etc...e
tinha gente que pagava por isso.
E quanto às crianças? Naquela época, o máximo que eles
podiam ter era um celular de plástico da Hanna Montana, que se clicasse em
qualquer botão o máximo que iria acontecer era tocar a música “Butterfly”.
*Que fim levou?
Estes celulares continuaram comuns até cerca de 2012, quando
os smartphones modernos (com tela sensível ao toque) os ultrapassaram em
vendas. A partir daí, nada mais foi o mesmo. Aplicativo para tudo,
conectividade em tempo integral, geração Alfa viciada, alta velocidade,
Whatsapp, desempenho comparável ao de um computador, celulares todos iguais por
preços astronômicos e múltiplas câmeras desnecessárias.
Apesar de todo potencial, ainda sim há uma nostalgia por
tempos mais simples, onde SMS e gifs eram uma grande coisa, e as empresas
concorriam para oferecer o design mais diferenciado e o máximo de novos
recursos possíveis.
O Nintendo Wii foi lançado em 2006, numa época em que a
Nintendo vinha de duas gerações perdidas para a Sony e seu Playstation. Do
outro lado, a Microsoft e seu Xbob já atraiam a atenção de jogadores mais
“hardcore”. Que mercado restava para a Nintendo?
Eis que a Big N resolveu se reinventar, implementando um
recurso que se tornaria febre no final dos anos 2000, o Wii Mote. Um controle
com sensor de movimentos, inovador para a época, que permitiu com que todo
mundo quisesse jogar vídeo game. Pela primeira vez, jogos eletrônicos não eram
coisas somente de crianças ou nerds de 40 anos. Todo mundo embarcou na onda do
Nintendo Wii, até a terceira idade. Todo tipo de jogo surgiu desta moda,
especialmente de esportes. Infelizmente os televisores foram os que levaram a
pior....
Essa teve a sorte de não quebrar a tela
De repente, as concorrentes tiveram que mudar a estratégia,
criando suas próprias versões do Wii Mote. Mas o que seria de um grande recurso
sem uma boa biblioteca de jogos. Além do Wii Sports e do Wii Fit, a nova
geração trouxe jogos que hoje são aclamados como clássicos (o tempo voa), tais
como Zelda: Twilight Princess (2006), Mario Galaxy (2007), Smash Bros Brawl
(2008), Tatsunoko vs. Capcom (2008), Muramasa (2009), entre outros. Também teve
um curioso lançamento de Pokémon para o Wii em 2006....
The Legend of Zelda: Twilight Princess (2006)
Super Mario Galaxy (2007)
Tatsunoko vs. Capcom (2008)
Como nos anos 2000 a moda era deixar tudo mais hardcore, a
Nintendo não fugiu desta tendência, deixando seus personagens mais sérios do
que nunca.
Mario em 2008
E o que dizer de sua nostálgica interface, somada a uma
trilha sonora típica da Nintendo.
Melhor ainda quando rodado numa TV de tubo, afinal de contas
este foi o último console projetado especialmente para este tipo de monitor.
Sua resolução era de 480i, podendo ser reproduzido em widescreen de forma
semelhante a um DVD.
*Que fim levou?
Mesmo possuindo menos poder de fogo que seu concorrentes,
acabaou sendo o campeão de vendas da sétima geração de consoles, continuando
forte nas vendas até cerca de 2012. Teve seu último jogo lançado em 2020.
Interessante notar como algo que ainda ontem soava tão moderno, já esteja por
completar 19 anos de seu lançamento.
Infelizmente, o legado do Wii Mote não permaneceu para as
gerações posteriores. O que um dia foi uma grande febre, se tornou algo
supérfluo.
Copypastas são textos da internet copiados repetidamente,
espalhando-se como uma espécie de lenda urbana. Eram extremamente comum nos
anos 2000, época em que eram utilizados especialmente para transmitir
“correntes” assustadoras. Inicialmente,
viam como mensagens ou imagens sinistras enviadas de email em email. A mais
popular dos primórdios da internet foi o Smile Dog.
Quem olhar para esta imagem terá pesadelos
Com o passar dos anos, também passaram a ser republicadas no
Orkut, por exemplo. Uma das mais populares da época foi a da Samara, publicada
pela primeira vez em 2007:
“Oi, meu nome é Samara, tenho 14 anos (teria se estivesse
viva), morri aos 13 em Cascavel-PR. Eu andava de bicicleta, quando não pude
desviar de um arame farpado. O pior foi que o dono do lote não quis me ajudar,
riu bastante de mim. Após agonizar por 2 horas enroscada no arame, eu faleci.
Através dessa mensagem eu peço com que façam com que eu possa descansar em paz.
Envie isso para 20 comunidades e minha alma estará sendo salva por você e pelos
outros 20 que receberão. Caso não repasse essa mensagem, vou visitar lhe hoje à
noite, assim você poderá conhecer o tal arame bem de pertinho.
Dia 15 de julho, Mariana resolver rir dessa mensagem, uma
noite depois ela sumiu sem deixar vestígios. O mesmo aconteceu com Karen, dia
18 de outubro. Não quebre essa corrente, por favor. A não ser que queira sentir
a minha presença.”
O termo surgiu em 2006, e atingiu seu ápice em 2009. Não
eram destinadas só para assustar, mas também para provocar irritação.
*Que fim levou?
As copypastas perderam força nos anos 2010, com a
centralização da internet. Correntes deste tipo não são mais tão comuns, embora
ainda existam piadas frequentemente repostadas por aí.
O Band Kids foi um programa infantil que estreou em 2000,
mas atingiu seu ápice mais para o final da década. Era conhecido por exibir
animes, além de programas da Nickelodeon. Mesmo não sendo tão popular quanto a
TV Globinho ou o Bom Dia e Cia, ainda assim traz bastante nostalgia para os que
o acompanharam. Importante citar que chegou a derrotar o programa do SBT em
algumas exibições. Hoje, iremos relembrar um pouco desta época.
Era geralmente transmitido de segunda à sexta, às 15h. Sua
primeira apresentadora, Renata Sayuri, costumava vir fantasiada de personagem
de anime. Os outros apresentadores foram Kelly Key (2004), Luciano Amaral
(2007), e no fim por quatro crianças (Giovanna, Thiago, Lucas e João Gabriel).
Seus comandantes acabaram não ficando tão conhecidos, tendo em vista que nenhum
destes durou muito tempo no ar, de forma que maior parte da história do Band
Kids foi sem apresentador.
Renata Sayuri como Kira
Mas agora vamos falar do mais importante, os desenhos:
Dragon Ball (dispensa apresentações), foi uma das principais
atrações, sendo exibido antes da Globo adquirir os direitos. Outros animes importantes foram Os Cavaleiros do Zodíaco, Yu
Yu Hakusho e Monster Ranger.
Em 2009, quando o programa passa a ter maiores índices de
audiência, a emissora adquire os direitos de algumas séries e desenhos da
Nickelodeon. Aaahh!!! Monstros, por exemplo, trazia a história de uma
escola de monstros lcoalziadas em um lixão, sendo estrelado por Ickis, Oblina e
Krumm.
Ei Arnold (1996-2004) era um desenho sobre um moleque com
cabeça de bigorna (e vários personagens com designs peculiares). Rendeu
inclusive um filme em 2002.
Castores Pirados (1997-2001) contava a história de dois
castores que viviam como solteirões em uma floresta. Entre polêmicas, o desenho
foi cancelado sem exibir seu último episódio, cujo áudio foi encontrado nos
últimos anos.
CatDog (1998-2004), por sua vez, girava em torno de um cão e
um gato unidos por uma ligação inquebrável (para a tristeza de Cat). Eram
constantemente atormentados por um rato provocador, e eram filhos de um sapo e
um pé-grande (?).
Invasor Zim (2001-2004), foi um desenho polêmico eu
infelizmente teve vida curta (justamente por reclamações dos pais). Trazia
muito humor negro (em especial um certo episódios envolvendo o roubo de órgãos)
e girava em torno de Zim, um alienígena exilado na Terra até conseguir
dominá-la. Nos dias normais, precisava frequentar uma escola, onde ninguém (com
exceção de Dib) conseguia notar a diferença dele emrelação aos humanos.
Zoey 101 (capa do CD)
Zoey 101! (2005-2008), foi uma sitcom da Nickelodeon que
focava em Zoey, uma garota que frequenta um colégio interno até então restrito
a rapazes.
Outras atrações do programa foram Bucky, Cadillacs e
Dinossauros, Os Seis Biônicos, Patablor, Tenchi Muyo!, A Vida Moderna de Rocko, entre outros.
*Que fim levou
Continuou popular até 2011, chegando a bater o Bom Dia e Cia
em audiência. Ainda teria a estreia de novas temporadas de Cavaleiros do
Zodíaco (Hades).
No entanto, assim como quase todos os programas infantis da
TV Aberta, acabou tendo seu fim devido à proibição da publicidade infantil,
sendo encerrado em 2014.
É verdade que voltou em 2020, mas apenas como tapa-buraco. É
exibido apenas em algumas regiões, somente nos sábados e domingos, e com duas
atrações pouco atrativas.
Y2K foi uma estética popular na virada dos anos 90 para os
anos 2000, constituída por elementos futurísticas presentes naquela época. Seu nome deriva do “bug do milênio”,
conhecido no exterior como Y2K. Recentemente, começou a ser relembrada com
nostalgia pela internet, mas afinal a que ela se refere?
Windows 2000, exemplo de uso da estética
Basicamente, gira em torno dos elementos “cibernéticos” daquela
época (repare no uso deste termo , muito comum em um momento em que se falava
em “surfar na net”). E pro cibernético, cabe citar o filme “Scooby-Doo e a
Perseguição Cibernética", de 2001. Muito do que ele apresenta demonstra o
pensamento e a estética da época, como aquele verde virtual, oriunda de
“Matrix”, por exemplo.
Scooby-Doo e a Perseguição Cibernética (2001)
Matrix Revolutions (2003)
Por falar em cores, além do verde, é notável a presença de
elementos cromados (SB-129), azul gelo, tudo com a presença de um gradiente
marcante que remete ao metálico. O uso de CGI básico também é relevante.
Estas características são agrupadas dentro do chamado
Futurismo Y2K, predominante entre 1997 e 2004. Porém, existe outras estética
também ligadas ao Y2K de forma geral, como o Y2K1, uma espécie de transição
entre esta época e o Aero Frutiger, que se tornaria padrão na virada dos anos
2000 para os anos 2010. Um exemplo disto seria o Windows XP, que apresenta
elementos de ambas as estéticas.
Metalheart, por outro lado, é a variação Cyberpunk do Y2K,
comum entre 1998 e 2004. Basea-se em fundos abstratos futurísticos e
underground.
Fonte: Aesthetics Wiki
Já o Chromecore (temos um artigo sobre isto), foi a
principal estética tecnológica dos anos 2000, durando a década inteira. Quase
qualquer coisa da época (DVDs, TVs, celulares, câmeras digitais) possuía algo
ligado à textura prateada. O objetivo era justamente passar um ar futurista com
a chegada do novo milênio.
Nokia 6810 (2003)
O Efeito Matrix também foi outra variação, baseada no hype
dos filmes da franquia entre 1999 e 2003. Muitas produções da época
incorporaram elementos de Matriz, como o Bullet Time (efeito de câmera lenta,
visto em Shrek), o uso de artes marciais (filmes do Steve Seagal), e figurinos
“radicais” (sobretudo e botas).
Operação Sol Nascente (2005)
Também havia a estética neo-tribal (uso de tatuagens
polinésias e símbolos esotéricos), McBling (estética hollywoodiana presente em
filmes como “Meninas Malvadas”), entre outras variações que talvez fiquem para
outra postagem.
Neo-Tribal
Fonte: Aesthetics Wiki
Meninas Malvadas (2004)
*Que fim levou
O cerne do Y2K durou até 2004, mas os seus frutos se
mantiveram vivos por meio de variações como o McBling e o Chromecore,
perdurando, de certa forma, até 2009.
Recentemente, e seguindo o ciclo de 20 anos, esta estética
foi revivida com objetivos nostálgicos.