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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Brinquedos dos Anos 2000

    E na postagem de hoje, abordarei um tópico nostálgico: os brinquedos dos anos 2000. Em uma época em que as crianças tinham brinquedos, antes dos smartphones explodirem, os comercias das manhãs de segunda à sábado eram dominados por anúncios de carros, bonecas, peões...e dos novos brinquedos tecnológicos que iam surgindo, afinal eram os anos 2000. Nesta leva, o único celular que uma criança teria é o de plástico com a música "Buterfly".

    Além dos celulares também haviam os notebooks de brinquedo, com o da Xuxa sendo um dos mais conhecidos.

    Antes do Pou, havia o Tamagochi, o mascote virtual que foi criado em 1996, mas continuou popular ao longo da década de 2000.

    Quem não tivesse dinheiro para comprar um console, poderia contar com o Brick Game, o qual contava com 9999 jogos em 1, embora a maioria fosse o mesmo game feito de formas diferentes.

    Havia outro que tentava se passar por videogame, o "waergame". Era um jogo que contava com argolinhas arás de uma tela de plástico, elas se moviam ao clicar dos botões, emitas vezes o objetivo era encaixar estas argolas em uma barra. O mais famoso no Brasil era o Aquaplay da Estrela.

    Nos anos 2000, os animes se popularizam de vezes. Com eles os brinquedos derivados, desde as cartas de batalha de Yu-gi-oh (também conhecidas pelo carinhoso apelido de "baralho do diabo"), até os complexos Beyblades (peões mais caros).


    O LEGO de pobre naquela época eram os palitos de picolé da Frutily. Quantas mais sorvetes você comprasse, mais recursos teria para montar suas "esculturas"

    E como não podia deixar de ser, os brinquedos tradicionis também se faziam presntes. Cabe destaque aos carrinhos de fricção e às bonecas Nino da Cotiplás.


*Que fim levou?
    Brinquedos deixaram de ser, na maioria dos casos, o principal presente destinado a crianças. Muitas delas já nascem com smartphone na mão, especialmente desde meados dos anos 2010.

#cotiplás #nino #hotwheels #watergame #aquaplay #tamagochi #celulardebrinquedo #butterfly #ben10 #maxsteel #yugioh #frutily #lego #xuxa #anos2000 #nostalgia #nostalgiaanos2000 #cafevideo #cachoeiradosul

segunda-feira, 28 de abril de 2025

De Volta a 2005

    Já fazem 20 anos que 2005 passou... Hoje vamos relembrar como eram as coisas naquela época.


  A Nokia reinava absoluto. Neste ano foi lançado o celular mais vendido da história, o Nokia 1110, um dispositivo clássico e com preço acessível. 
  Nesta época, quase todo adolescente possuía um desses, embora utilizado basicamente para ligações, além de vir com algumas funções extras como o icônico "jogo da cobrinha".
  Se você fosse mais abastado, poderia contar com algo um pouco mais sofisticado, como o LG Chocolate, o qual possuía tela colorida, câmera de 1,3 megapixels, rádio e MP3 player.
  Porém, se você fosse criança provavelmente não teria o que fazer com um celular, no máximo um de brinquedo. 
Aí ai ai I'm ur little butterfly

  Neste contexto, os computadores pessoais Estavam mais consolidados, e o sistema líder absoluto era o Windows XP. Com ele, o design antigo do Office (que vinha com Clippy, o assistente), o já descontinuados Movie Maker e Windows Media Player, e o hoje injustiçado Internet Explorer 6.


  E por falar em computador, a internet daquela época era realmente curiosa. A Web 2.0 estava chegando, e com elas novas ferramentas, como o Orkut que já estava ganhando força. Fora isso, a net era descentralizada, cheia de fóruns, blogs e sites dos mais variados. Para se ter uma ideia, nem o Google era padrão, já que o Yahoo brigava parelho com este. E-mails existiam aos montes: Yahoo Mail, Hotmail, BRTURBO, Gmail, etc.
  2005 foi o ano de lançamento do YouTube, mas este obviamente não era muito conhecido ainda (ao menos no Brasil).
  Para o envio de mensagens, a principal opção era o MSN Messenger.

  Sem falar que a internet discada era a mais comum.
  A televisão ainda era o meio preferido do público, de forma que a TV Aberta tinha muito mais opções que hoje em dia. Eram 5 emissoras grandes (a Rede TV ainda era forte) e mais um punhado de concorrentes com boa audiência que poderiam agradar todos os gostos, especialmente as crianças (Cultura, Futura, TV Escola, TVE, TV Brasil, Rede Vida, etc.). Desta forma, a briga por audiência era mais acirrada, fazendo com que houvessem mais canais de qualidade.


  Ainda existiam programas como Bom Dia e Cia, TV Globinho, Vídeo Show, Alô Brasil, entre outros. O Caldeirão era do Huck, e o Domingão do Faustão. Outro aspecto interessante eram as vinhetas daquela época tendiam ao 3D, e possuíam mais vida que o minimalismo atual.

    Os desenhos mais populares da época eram Bob Esponja (e a expctativa pela estreia da quarta temporada) e Ben 10. Mais haviam outros relevantes, tais como Billy e Mandy (lembra das garrafinhas de Schin?), KND, Avatar, Kim Possible, O Que Há de Novo Scooby Doo?, etc.
    E toda esta programação era acessada especialmente com televisores de tubo prateados, conectados a uma parabólica da Century.

  Quanto à música, haviam variadas formas de escutá-la. Discmans e MP3 players coexisitiam, e era comum a compra de porta-CDs para acomodar a coleção. Tudo estaria completo com um Microsystem.

    E algo que estava fazendo sucesso nesta época era o Crazy Frog....

  Este Crazy Frog era comum em um daqueles DVDs de Clipes Animados, e por falar em DVDs... Estes discos eram a principal forma para existir filmes, amplamente disponível em videolocadoras. Naquela época eles vinham com muitos recursos extras, tendo em vista a concorrência para com o VHS que ainda existia. Os melhores eram os da Disney.

  A Disney podia arrebentar no mercado de vídeo, mas no cinema que mandava as cartas era a Dreamworks. Naquele ano, em específico, seu maior lançamento foi o primeiro "Madagascar".

    Também houveram alguns filmes stop-motion em 2005, tais como "Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais" e "A Noiva Cadáver".

Dona Gigi

    Filmes de fantasia eram sucesso na época, alguns exemplos incluem "Harry Potter e o Cálice de Fogo", e "Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa".
    Quanto aos jogos eletrônicos, Icy Tower era uma modinha comum entre os jogos pra PC. Nos consoles, o PlayStation 2 dominava absoluto com títulos como Guitar Hero, God of War, e Winning Eleven 8. Este último nã vinham com a liga do Brasileirã, então era comum os patches, tais com o Brazukas.
    O time mais forte da época? O São Paulo, campeão do mundo em cima do Liverpool. O melhor jogador? Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona.


  E para não sair muito do tópico dos games, é preciso destacar a importância das revistas de games (Digerati, por ex.). Elas traziam informações que não se encontravam nos grandes meios. Como a internet ainda era lenta e pouco explorado, as revistas cumpriam o papel de atendar aos nichos, e as de jogos geralmente vinham com CDs, os quais continham centenas de games em flash.

    À exemplo das revistas, publicações impressas como livros e jornais eram abundantes, ao contrário do que ocorre na atualidade.
    Por fim, cabe relembrar a icônica nota de 1 real, a qual parou de ser fabricada naquele ano.

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segunda-feira, 31 de março de 2025

Música anos 2000

  Nos dias atuais, música é como água. Basta pesquisar na internet pelos smartphones que qualquer pessoa pode escutar qualquer som em qualquer lugar. Mas, no anos 2000 as coisas eram um pouco diferentes. As pessoas ainda compravam CDs, e utilizavam aparelhos específicos para música. Na postagem de hoje, irei relembrar um pouco das mídias desta época.

  No ano 2000, o CD atingiu o seu ápice de vendas. Ao longo da década, ele começaria a enfrentar a concorrência da pirataria (LimeWire), mas se manteria firme na liderança.

  Escutar música em uma mídia física é uma experiência diferenciada. A sensação de ir na loja comprar um disco, abrir a capa e ler o encarte. Depois colocar o CD no aparelho adequado e escutar o álbum. O único problema era o armazenamento indevido, fazendo com que muitas vezes eles ficassem arranhados e começassem a pular trechos das faixas, ou simplesmente ficavam repetindo a mesma parte de forma cômica (para não dizer irritante).

  Por causa disto, o porta-CDs era um item obrigatório. Seja para colocar os originais, ou mesmo os gravados em casa, sem dúvida era algo útil para organizar e preservar a coleção.


  E para reproduzir os discos, haviam várias formas diferentes. A principal era por meio de um rádio, que na época costumavam vir com drive de CD e às vezes até uma porta de fita K7. Outra forma comum era por meio do DVD Player, o qual estava se popularizando. Por falar nisto, os DVDs musicais se tornaram uma realidade naquela época, sendo um complemento que permitia, além da música, também visualizar clipes e shows. Este se candidataria com um sucessor do CD, juntamente com o DVD-Áudio, o MiniDisc, e o Super CD. Estes dois últimos não tinham suporte a vídeo, porém possuíam uma qualidade de áudio superior. Infelizmente, estas melhorias não eram perceptíveis ao grande público.

  E obviamente o computador é sempre uma opção, na época você provavelmente reproduzia as músicas no Windows Media Player, e ficava contemplando as barrinhas das ondas sonoras.

  Para quem quisesse música portátil, o Discman era o queridinho do público, especialmente até cerca de 2006. Depois, com os MP3 players, ficou restrito à quem queria aproveitar a coleção que já possuía.

  O formato .mp3 estava se popularizando entre os jovens, de forma que o MP3 player, lançado em 1999, se tornou uma opção comum para este público. Vale citar que os celulares não possuíam uma boa qualidade de som, sendo algo muito compactado.

  O MP3 player mais famoso de todos foi o iPod, o qual foi uma verdadeira revolução, ao permitir o armazenamento de milhares de músicas. No Brasil era um pouco mais difícil de ser encontrado, mas foi um sucesso no exterior. Por aqui, eram mais comuns os tais MP4, MP5, MP10, etc. Eram aparelho importadas da China que vinham com funções extras (sintonizar rádio, TV), sendo popularmente conhecidos como iPobre.



  Porém, mesmo o público jovem ainda comprava CD no final dos anos 2000, muito devido à qualidade superior de áudio. Assim, era comum que se passasse as músicas do CD para o aparelho.

  Mas o sonho de consumo era o mini system, um aparelho três em um (rádio, CD e fita K7). Naquela época eles eram prateados, o que lhes conferiam um ar moderno e futurista. Às vezes vinham com múltiplas bandejas de CDs em formato de carrossel.

  A versão compacta era chaamda micro system, sendo uma repaginação dos antigos boombox.


*Que fim levou:

  O que eu quero dizer, em resumo, é que por mais que as pessoas tentem vender a imagem de que a pirataria matou o CD nos anos 2000, isto não é verdade. O CD continuou dominante ao longo de toda década, e sua receita só foi ser ultrapassada pelo streaming no ano de 2014 (2015 no Brasil).

  Assim, os anos 2000 foi uma década com muitas opções de áudio, as quais ainda eram encabeçadas pelo CD. Certamente uma época em que a música era mais valorizada do que hoje em dia, já que se precisava de um aparelho específico para escutá-la, ao invés do smartphones “faz-tudo”.


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segunda-feira, 10 de março de 2025

O Que é McBling?

   A estética McBling foi popular entre 2003 e 2008 (Para quem não sabe, há um instituto que nomeia as estéticas predominantes em cada época), sendo considerada uma espécie de sucessor do Y2K (bug do milênio, Matrix, Windows 2000, etc.). Você pode não saber de nome, mas certamente já viu isto em algum produto, filme ou série da época. É caracterizado pelo maximalismo, tons de rosa e prata, endeusamento das celebridades de Hollywood (Britney Spears), e superficialidade...


  Esta estética se popularizou especialmente com o filme “Meninas Malvadas” (2004), estando presente em várias outros que fizeram sucesso na Sessão da Tarde: As Branquelas (2004). O Diabo Veste Prada (2006), High School Musical (2006), Dr. Dolittle 5 (2009).



 Este tipo de coisa também pode ser visto em “Galinho Chicken”, “Clube das Winks”, e em filmes antigos da Barbie (pega ele, frita ele, faz purê).

  Enfim, esta estética é baseada também em itens de status (flip phones, Ipods) e coisas consideradas “trash” (estampas de zebra).



 

*Que Fim Levou?

  Entrou em declínio após 2008, tendo em vista que a cultura era baseada fortemente em Hollywood e na mentalidade consumista dos EUA nos anos 2000. Sendo assim, a crise imobiliária, a eleição de Barack Obama, e os escândalos envolvendo as estrelas hollywoodianas, contribuíram para o seu fim.

 

*Bônus Especial


 

sábado, 22 de fevereiro de 2025

TV Anos 2000

   Não estou me referindo à programação da TV, mas ao televisor em si. Nos anos 2000, vivia-se um período de transição entre o mundo analógico e o digital, o qual possui reflexos na TV da época. Elas ainda eram de tubo, mas agora prateadas, com tela plana, e dotadas de caixas de som frontais. Além disso, todas já haviam com ao menos as três entradas AV. Estas mudanças concederam um ar mais digital ao clássico tubo de raios catódicos. Uma das particularidades deste período é o fato de os televisores possuírem dois botões de ligar, um para receber energia (modo Stand By) e o outro para efetivamente ligar a tela ( a qual possuía a incrível capacidade de energizar os pelinhos do braço).

Típica TV dos anos 2000


  Nesta época também, as TV atingiram o ápice do peso, com o símbolo máximo sendo representado pela pesada Sony Trinitron, cujo maior modelo era 40 polegadas. A causa disto era a busca por telas cada vez maiores, que estavam incentivando a produção de TVs de retroprojeção que formavam o famoso “home theater”, o cinema em casa. Estas TVs vinham com dezenas de entradas (sem exagero), que permitiam a conexão com caixas de som Dolby Digital 5.1, videocassete e DVD Player. De forma a competir com estes modelos, as tradicionais CRT tiveram que evoluir, evitando assim que os novatos ganhassem uma fatia maior de mercado, ficando restritas às premiações do Silvio Santos.

Hitachi 51F59 - TV CRT de retroprojeção (2006)

Sony KV-40XBR700, a maior TV CRT de todas (2002)


  Desta forma, as TVs dos anos 2000 eram muito pesadas, necessitando que no mínimo duas pessoas a carregassem (e com muito sofrimento). A Sony Trinitron era carregada só no carrinho de mão.

Sony KV-40XBR700, parte traseira

  Já na segunda metade da década, a TVs de tubo tiveram que evoluir mais uma vez, assim de combater a ascensão das TVs de plasma de baixa qualidade, mas que chamavam a atenção por serem mais finas. Nesta época, muita gente achava que elas seriam o futuro.

No futuro existirão telas de plasma de 820 polegadas 

  Assim, surgem as Ultra-Slim, tipo de CRT relativamente mais leve e fino, que evitava que seu rack afundasse com o peso. Um dos principais modelos foi uma Samsung lançada em 2007, a qual vinha com alguns jogos escondidos. Este talvez tenha sido o mais vendido do final dos anos 2000.



Samsung CL21Z43MQ, CRT Ultra Slim de 2007

  Desta forma, as Ultra-Slim garantiram, pelo menos no Brasil, a liderança das TVs de tubo até a virada da década.


*Que Fim Levou

  O futuro não seria o plasma, mas as TVs LCD. Estas ultrapassam o número de vendas das de tubo no primeiro semestre de 2010 (no Brasil), muito devido à Copa do Mundo. Hoje em dia, se cuida para que a TV não quebre ao cair no chão, enquanto que antigamente, o risco era o de a TV quebrar o chão (e quem estivesse por perto).


*Bônus Especial

-Sabia que existiam TVs de Tubo widescreen? Estas são o Santo Graal dos gamers.


#2000scrt #tvanos2000 #tvdetubo #nostalgia #cafevideo

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Nokia e outros celulares dos anos 2000

    Nos anos 2000, os celulares se popularizaram de vez, mas não eram smartphones como os de hoje em dia. Por mais que naquela época fossem inovadores (chegando a ser considerados o ápice da tecnologia, segundo um certo filme por aí...), hoje em dia a maior parte deles é chamada de dumbphone (telefone burro). E nem eram Apple ou Samsung, mas a poderosa Nokia que dominava o setor. Mas vamos por partes.

Um Pato Muito Louco (2001)

    Nos anos 90, os celulares já estavam chegando, sendo comuns especialmente entre empresários, mas foi na década de 2000 que o público em geral passou a ter acesso. Diferente de hoje, o produto era considerado coisa de adulto, afinal de contas porque uma criançar iria querer um dispositivo que basicamente só servia para ligações. Adolescentes também estavam começando a utilizá-lo, basicamente só para perder tempo com SMS.

    A empresa responsável pelo advento do celular foi a Nokia, com o seu revolucionário Nokia 3310, conhecido como “tijolão” e lançado no ano 2000. Este trazia o clássico Nokia Snake, o jogo da cobrinha. Além disto podia enviar e receber SMS, possuía um compositor de música, menu animado, e discagem por voz.

Nokia 3310 (2000)

Nokia Snake

    Porém, o celular mais vendido da empresa, e da história, foi o lendário Nokia 1100, fabricado de 2003 a 2009, e contabilizando 250 milhões de unidades. Tinha por novidades a possibilidade de suportar chats e telas de descanso, além de possuir um teclado de silicone diferentoso.

Nokia 1100 (2003)


    Cabe destacar ainda o Nokia 1110, lançado em 2005 e com muitas semelhanças para com o anterior, mas com o diferencial de possuir toques polifônicos. Em resumo, a Nokia dominou a década de 2000, chegando a ter 15 novos modelos disponíveis no ano de 2008. O sucesso foi tamanho que ela pleiteou entrar no ramo dos consoles com o seu N-Cage, datado de 2003, mas não emplacou.

N-Cage (2003)

    Mas se há um diferencial nos celulares dos anos 2000, e que sustenta até hoje, certamente é o design. Cada celular era único, com as marcas querendo se destacar umas das outras. Diferente da monotonia de hoje em dia. Neste aspecto, a Motorola foi uma das que obteve maior destaque através de seu Motorola RAZR V3, o qual era um celular flip (daqueles que abrem e fecham) ultrafino e com teclado desenhado a laser.  Além do mais, possuía câmera, algo que ainda não era tão comum.  Como esquecer a tal resolução de batata.

Motorola RAZR V3 (2004)

    Os celulares flip, aliás, acabariam por se tornar um dos símbolos da década. Quando se pensa em celular dos anos 2000, certamente os flip são os primeiros a vir a cabeça. Se tinham exemplos populares como o Motorola U9 (de 2008), com seu design estranho;  e o Nokia 2760, bem padrão de 2007.

Motorola U9 (2008)

Nokia 2760 (2007)

Já mais para o final da década, os celulares com teclado QWERTY começaram a se popularizar, em especial a Blackberry, a qual chegou a controlar 20% do mercado de celulares em 2009. Um de seus modelos mais populares foi BlackBerry Bold 9700, lançado no mesmo ano e já dispondo de internet 3G, algo que estava lentamente substituindo o 2G naquela época. Com este teclado ficava bem fácil digital no que no tradicional modelo numérico.

BlackBerry Bold 9700 (2009)

    Outra empresa que também passou a apostar em celulares com este design foi a Samsung, embora seu modelo mais popular tenha sido um convencional mesmo: o Samsung E1100, lançado em 2009 e vendendo mais de 135 milhões de unidades.

 Samsung E1100 (2009)

    Mas não só de celulares vive o mundo dos celulares... Vamos falar um pouco de tendências, afinal, celulares diferentes hábitos diferentes. Por exemplo, era comum o uso de chaveiros na antena do celular.

    O bluetooth era a principal forma de transferir arquivos de um aparelho para outro. Estes arquivos geralmente eram gifs e vídeos curtos. Uns eram engraçados, outros eram basicamente as mensagens de bom dia do Orkut. Por falar nisto, era comum você pagar para obter um gif ou um papel de parede diferente.

Tipo de vídeo que era compartilhado por Bluetooth

    Estes recursos diferentes também podiam ser obtidos por meio do famoso “envie um SMS  com a palavra AMOR para o 48022”. Seguido tinha na TV um comercial do tipo, geralmente proveniente da natta.com, ofertando coisas como piadas, joguinhos, raio-X, etc...e tinha gente que pagava por isso.

    E quanto às crianças? Naquela época, o máximo que eles podiam ter era um celular de plástico da Hanna Montana, que se clicasse em qualquer botão o máximo que iria acontecer era tocar a música “Butterfly”.


*Que fim levou?

    Estes celulares continuaram comuns até cerca de 2012, quando os smartphones modernos (com tela sensível ao toque) os ultrapassaram em vendas. A partir daí, nada mais foi o mesmo. Aplicativo para tudo, conectividade em tempo integral, geração Alfa viciada, alta velocidade, Whatsapp, desempenho comparável ao de um computador, celulares todos iguais por preços astronômicos e múltiplas câmeras desnecessárias.

    Apesar de todo potencial, ainda sim há uma nostalgia por tempos mais simples, onde SMS e gifs eram uma grande coisa, e as empresas concorriam para oferecer o design mais diferenciado e o máximo de novos recursos possíveis.


#celularesantigos #nostalgianokia #anos2000 #cafevideo

sábado, 25 de janeiro de 2025

O Que é Y2K?

 

    Y2K foi uma estética popular na virada dos anos 90 para os anos 2000, constituída por elementos futurísticas presentes naquela época.  Seu nome deriva do “bug do milênio”, conhecido no exterior como Y2K. Recentemente, começou a ser relembrada com nostalgia pela internet, mas afinal a que ela se refere?

Windows 2000, exemplo de uso da estética

    Basicamente, gira em torno dos elementos “cibernéticos” daquela época (repare no uso deste termo , muito comum em um momento em que se falava em “surfar na net”). E pro cibernético, cabe citar o filme “Scooby-Doo e a Perseguição Cibernética", de 2001. Muito do que ele apresenta demonstra o pensamento e a estética da época, como aquele verde virtual, oriunda de “Matrix”, por exemplo.

Scooby-Doo e a Perseguição Cibernética (2001)

Matrix Revolutions (2003)

    Por falar em cores, além do verde, é notável a presença de elementos cromados (SB-129), azul gelo, tudo com a presença de um gradiente marcante que remete ao metálico. O uso de CGI básico também é relevante.

    Estas características são agrupadas dentro do chamado Futurismo Y2K, predominante entre 1997 e 2004. Porém, existe outras estética também ligadas ao Y2K de forma geral, como o Y2K1, uma espécie de transição entre esta época e o Aero Frutiger, que se tornaria padrão na virada dos anos 2000 para os anos 2010. Um exemplo disto seria o Windows XP, que apresenta elementos de ambas as estéticas.

    Metalheart, por outro lado, é a variação Cyberpunk do Y2K, comum entre 1998 e 2004. Basea-se em fundos abstratos futurísticos e underground.

Fonte: Aesthetics Wiki

    Já o Chromecore (temos um artigo sobre isto), foi a principal estética tecnológica dos anos 2000, durando a década inteira. Quase qualquer coisa da época (DVDs, TVs, celulares, câmeras digitais) possuía algo ligado à textura prateada. O objetivo era justamente passar um ar futurista com a chegada do novo milênio.

Nokia 6810 (2003)

    O Efeito Matrix também foi outra variação, baseada no hype dos filmes da franquia entre 1999 e 2003. Muitas produções da época incorporaram elementos de Matriz, como o Bullet Time (efeito de câmera lenta, visto em Shrek), o uso de artes marciais (filmes do Steve Seagal), e figurinos “radicais” (sobretudo e botas).


Operação Sol Nascente (2005)

    Também havia a estética neo-tribal (uso de tatuagens polinésias e símbolos esotéricos), McBling (estética hollywoodiana presente em filmes como “Meninas Malvadas”), entre outras variações que talvez fiquem para outra postagem.

Neo-Tribal
Fonte: Aesthetics Wiki

Meninas Malvadas (2004)

*Que fim levou

    O cerne do Y2K durou até 2004, mas os seus frutos se mantiveram vivos por meio de variações como o McBling e o Chromecore, perdurando, de certa forma, até 2009.

    Recentemente, e seguindo o ciclo de 20 anos, esta estética foi revivida com objetivos nostálgicos.


*Veja também



sábado, 11 de janeiro de 2025

Tudo é cromado no futuro

               

    Nos anos 2000 tudo era cromado (prateado). Parece que Bob Esponja acertou sua previsão sobre o futuro, embora tenha errado um pouco a data....    

            

    Pois é, assim que virou o milênio, os fabricantes de tecnologias precisavam de algo para deixar seus produtos mais futuristas, afinal de contas o ano 2000 tinha chegado e ainda não tínhamos carros voadores. Uma forma de transmitir essa ideia de que o futuro tenha chegado era a tintura prateada em oposição ao preto dos anos 90. Com isso, e especialmente a partir de 2001, tudo se tornou prateado. Câmeras digitais, celulares, televisores, videocassetes, DVD players, etc.


Nokia 6810 (ano 2003)
Videocasset LG Cinemaster (ano 2004)


 Canon PowerShot A95 (ano 2004)




Combo TV + DVD Magnavox 9MDPF20 (ano 2005),




Samsung SyncMaster 794mb Plus (ano 2006)

DVD Player Philips DVP5100K/78 (ano 2007)

    Até coisas que não eram desta cor por padrão, como os consoles, tiveram o lançamento da versão prateado para satisfazer o grande público.

Playstation 2 (versão prata)

    As TVs adquiriram um ar digital, uma espécie de transição entre os analógicos anos 90 e os digitais anos 2010.

    Obviamente esta tendência não iria durar para sempre. Continuou dominante até 2007, quando começaram a surgir modelos de transição entre o prateado dos anos 2000 e o preto dos anos 2010.

DVD Player Samsung P370 (ano 2008)


*Que fim levou

    Hoje em dia, esta estética é chamada de "chromecore". Começou a perder força em 2007, resistindo até 2010. Foi substituído pelo preto minimalista e teoricamente mais elegante. Houve um período de transição em que os eletrônicos eram meio prateados meio preto.

    O minimalismo tomou conta, deixando os itens dos anos 2000 como algo datado ao invés de futurista. De toda forma, essa era prateada serve como lição de design: não é necessário algo ser minimalista para ser elegante.


#chromecore #anos 2000 #tecnologiaprateada #nostalgia



Desculpe, mas, cortou a onda do imperador

    Enquanto que os anos 90 foram povoados por animações musicais épicas e melodramáticos, os anos 2000 virão a ascensão da comédia escracha...