Não estou me referindo à programação da TV, mas ao televisor
em si. Nos anos 2000, vivia-se um período de transição entre o mundo analógico
e o digital, o qual possui reflexos na TV da época. Elas ainda eram de tubo,
mas agora prateadas, com tela plana, e dotadas de caixas de som frontais. Além
disso, todas já haviam com ao menos as três entradas AV. Estas mudanças
concederam um ar mais digital ao clássico tubo de raios catódicos. Uma das
particularidades deste período é o fato de os televisores possuírem dois botões
de ligar, um para receber energia (modo Stand By) e o outro para efetivamente
ligar a tela ( a qual possuía a incrível capacidade de energizar os pelinhos do
braço).
Típica TV dos anos 2000
Nesta época também, as TV atingiram o ápice do peso, com o
símbolo máximo sendo representado pela pesada Sony Trinitron, cujo maior modelo
era 40 polegadas. A causa disto era a busca por telas cada vez maiores, que
estavam incentivando a produção de TVs de retroprojeção que formavam o famoso
“home theater”, o cinema em casa. Estas TVs vinham com dezenas de entradas (sem
exagero), que permitiam a conexão com caixas de som Dolby Digital 5.1,
videocassete e DVD Player. De forma a competir com estes modelos, as
tradicionais CRT tiveram que evoluir, evitando assim que os novatos ganhassem
uma fatia maior de mercado, ficando restritas às premiações do Silvio Santos.
Hitachi 51F59 - TV CRT de retroprojeção (2006)
Sony KV-40XBR700, a maior TV CRT de todas (2002)
Desta forma, as TVs dos anos 2000 eram muito pesadas,
necessitando que no mínimo duas pessoas a carregassem (e com muito sofrimento).
A Sony Trinitron era carregada só no carrinho de mão.
Sony KV-40XBR700, parte traseira
Já na segunda metade da década, a TVs de tubo tiveram que
evoluir mais uma vez, assim de combater a ascensão das TVs de plasma de baixa
qualidade, mas que chamavam a atenção por serem mais finas. Nesta época, muita
gente achava que elas seriam o futuro.
No futuro existirão telas de plasma de 820 polegadas
Assim, surgem as Ultra-Slim, tipo de CRT relativamente mais
leve e fino, que evitava que seu rack afundasse com o peso. Um dos principais
modelos foi uma Samsung lançada em 2007, a qual vinha com alguns jogos
escondidos. Este talvez tenha sido o mais vendido do final dos anos 2000.
Samsung CL21Z43MQ, CRT Ultra Slim de 2007
Desta forma, as Ultra-Slim garantiram, pelo menos no Brasil,
a liderança das TVs de tubo até a virada da década.
*Que Fim Levou
O futuro não seria o plasma, mas as TVs LCD. Estas
ultrapassam o número de vendas das de tubo no primeiro semestre de 2010 (no
Brasil), muito devido à Copa do Mundo. Hoje em dia, se cuida para que a TV não
quebre ao cair no chão, enquanto que antigamente, o risco era o de a TV quebrar
o chão (e quem estivesse por perto).
*Bônus Especial
-Sabia que existiam TVs de Tubo widescreen? Estas são o
Santo Graal dos gamers.
As revistas de games foram febre nos anos 2000. Elas permitiam o contato com informações que
não estavam presentes na mídia tradicional, e ainda eram difíceis de serem
encontradas na internet. Esta combinação entre impresso e digital permitia
coisas que somente aquela época poderia proporcionar, como revistas impressas
que vinham com CD de jogos para ser inserido no PC. Uma das principais do
segmento era a Digerati.
A Digerati possuía uma ampla gama de revistas, as quais
tratavam de informática, tecnologia, curiosidades e, o principal nicho deles,
os games. Alguns dos seus principais títulos eram a Best Games, Geek Games,
Emuladores Especiais, Super Dicas Playstation, Click 404 Jogos, entre outras.
Os assuntos incluíam principalmente as novidades em consoles e jogos, assim
como truques, análises e até mesmo técnicas hacker (dizem que a revista foi
proibida em anos recentes por causa disto)
Porém, o verdadeiro destaque era os CD-ROMs que vinham de
brinde. A maioria deles continham jogos em flash, embora outros também viessem
com emuladores de consoles.
Os jogos não possuíam a necessidade de serem instalados, já
viam todos em um player contido no próprio CD. Isto era um dos principais
chamariscos ao público, já que os downloads na época eram demorados. E era um
absurdo o número de opções, vinham CDs com 404, 701, 4000 e até 6000 jogos.
Também vinham CDs temáticos de um desenho ou filme que
estivessem fazendo sucesso no momento, aí, além dos jogos, também se tinham
papeis de parede, proteção de tela, desenhos para colorir, entre outras coisas
do gênero.
Vou deixar abaixo algumas screenshots dos jogos:
*Que Fim Levou
Nos anos 2010, com o crescimento da internet, as publicações
impressas como um todo acabaram sofrendo com a concorrência. Enquanto veículos
tradicionais sobrevivem até hoje, artigos de nicho como as revistas de games
perderam espaço. A Digerati, por exemplo, não existe mais, e muito de seu
conteúdo é considerado lost media. Por sorte, muitos estão empenhados em
preservar o legado da revista.
*Bônus Especial
Lista de revistas e CDs: https://lostmediabrasil.miraheze.org/wiki/Digerati
Tópico aleatório do dia: apresentações de PowerPoint. Antes das atuais mensagens de bom dia do WhatsApp, as pessoas (leia-se, tias da internet) nos anos 2000, a recém desbravando o mundo digital, também gostavam de espalhar mensagens reflexivas para os outros. Em uma época sem as tecnologias de hoje, a principal forma para tal era enviar apresentações de PowerPoint pelo Hotmail.
Tratavam-se de slides automáticas, com uma música de fundo, imagens de flores e textos que apareceriam e sumiam. Mais elaborado que hoje em dia, diga-se de passagem.
Nem sempre eram coisas emocionais, também se tinham aquelas mais cômicas...
E as apresentações sempre terminavam com a informação do email do autor original daquele PowerPoint. Mais para o final da década, também começaram a surgir os recados do Orkut, mais semelhantes ao que se tem hoje.
*Que fim levou?
Nos anos 2010, os e-mails foram amplamente substituídos pelos mensageiros instantâneos no uso do dia-a-dia. A maior proliferação desta plataforma permitiu o surgimento e a repetição exaustiva de certos “vícios”, como as risadas irritantes e o uso de I.A.
Pode não parecer, mas a Nickelodeon já foi um canal bom. Nos
anos 200, era a principal referência em desenhos animados, cultivando uma
rivalidade acirrada com o Cartoon Network. Mesmo quem não tinha TV por
assinatura ainda consegui assistir os desenhos do canal por meio da TV
Globinho, Band Kids, e mais os inúmeros DVDs que foram lançados naquela época.
Logo de 2003 a 2010 (Brasil)
No começo da década havia uma grande variedade de séries do
estúdio, com os Anjinhos, mais popular até então, passando a tocha para Bob
Esponja que ainda tinha disputar a audiência com Padrinhos Mágicos.
Nicktoons em 2002
Os Anjinhos foi um sucesso nos anos 90, mas continuou tendo
novos episódios até 2003. Tratava de bebês que podiam conversar entre si, mas
os adultos não conseguiam entender sua comunicação. Angélica, por outro lado,
tinha três anos e conseguia conversar com ambos, podendo assim tirar vantagem.
O desenho também foi exibido no Sábado Animado e na TV Globinho.
Ganharam um crossover com os Thornberrys no filme “Os
Rugrats e os Thornberrys vão Aprontar” (2003), no qual eles encontravam uma
família de documentaristas cuja filha, Eliza, é capaz de falar com os animais.
Esta outra série foi exibida de 1998 até 2004.
Os Anjinhos também ganhariam uma continuação por meio da
série “Rugrats Crescidos” (2003-2008), no qual os personagens já são
pré-adolescentes.
Hey Arnold, assim como os Anjinhos, foi outra série de
sucesso dos anos 90 que durou até os anos 2000, especificamente até 2004. Esta
trazia o cotidiano de um menino com cabeça de bigorna, e seus amigos também com
cabeças estranhas.
CatDog (1998-2005) e Rocket Powers (1999-2004) foram outros
desenhos que fizeram sucesso no começo dos anos 2000, embora não tão grande
quanto aquele que é considerado o mais popular da década, e possivelmente do
século: Bob Esponja. Aqui no Brasil, ele chegou em 2000 na Nickelodeon e 2003
na Globo, logo se tornando uma febre. Brinquedos, livros, roupas, jogos, fitas
VHS e os icônicos DVDs da série tomaram conta das bancas. O sucesso foi tamanho
que gerou um filme em 2004, onde eles precisam recuperar a coroa do Rei Netuno
na cidade proibida das Conchas...e no caminho encontram David Hasselhoff. Algo
curioso era que, enquanto o desenho era transmitido na TV Globinho, que possuía
os direitos do filme era o SBT, que o exibida de vez em quando no Sábado
Animado.
Uma particularidade de muitos desenhos da Nick nos anos 2000
é o fato de terem sido animados na Klasky Csupo, estes possuindo um traço muito
semelhante. Além dos já citados Thornberrys, Rocket Power e Rugrats, outro
também feito neste linha foi Ginger (2000-2004), um desenho sobre uma típica
adolescente enfrente o drama de crescer...
O segundo maior Nicktoon, depois de Bob Esponja, foi
Padrinhos Mágicos, lançado em 2001 e perdurando por 16 anos. Um dos momentos
mais icônicos da série foi o crossover “Jimmy e Timmy: O Confronto”. Jimmy
Neutron (2002-2006), por sua vez, trata a história de um menino gênio que gosta
de chamar a água de H2O. Com uma animação 3D que na época era impressionante
para um programa de TV, a série é um derivado do filme lançado em 2001 (Jimmy
Neutron: O Menino Gênio) e que por algum motivo foi indicado ao Oscar.
Butch Hartman, o criador de Padrinhos Mágicos, ainda traria
“Danny Phantom” (2004-2007) ao mundo, um desenho sobre um garoto que adquire
poderes após a explosão de um laboratório (sempre). Agora ele é um adolescente
metade fantasma, precisando esconder suas habilidades a fim de manter uma vida
normal.
Em 2005 foi lançada aquela que viria a ser considerada uma
das maiores animações de todos os tempo, Avatar: A Lenda de Aang. A série foi
concluída em 2008.
“Há muito tempo, as nações do tempo viviam em paz e
harmonia. Mas tudo isso mudou, quando a Nação do Fogo atacou.”
Em 2007, a Nickelodeon voltaria a apostar em séries 3D,
começando com O Segredo dos Animais, baseada no filme de 2006. Cheia de
referências à cultura pop, a série estreou na TV Globinho já no final da
década.
Em 2008 foi a vez dos Pinguins de Madagascar receberem uma
série própria, afinal eram os personagens do momento depois do sucesso de
Madagascar (2005). Nesta trama, eles vivem no zoológico do Central Park, junto
a Rei Julian e companhia.
Também não se pode esquecer as séries live-action da
Nickelodeon. Uma das mais populares foi Drake e Josh (2004-2008), estrelado por
dois garotos que se tornam irmãos após os pais se casarem (descrição meio
estranha, mas é isso).
Zoey 101 (2005-2008) também fez certo sucesso, mas não tanto
quanto o que viria depois...iCarly foi lançado em 2007, e trazia a história de
Carly e Sam, duas amigas que inesperadamente se tornam estrelas da internet.
Com esse tema, iCarly foi um programa bem pioneiro por assim dizer. Numa
chamada recente do SBT, ela até foi referida jocosamente como a primeira
youtuber.
Enfim, inúmeros foram os programas marcantes que a Nick
estreou nos anos 2000 e que poderiam ser abordados aqui, tais como Invasor Zim
(2001-2004), Uma Robô Adolescente(2003-2009) e Mighty B! (2008-2011)...esta última foi popular nos EUA,
mas por aqui é praticamente uma lost media.
Além do desenhos, não se pode esquecer o icônico logo da
Nickelodeon. O famoso splat laranja que possuía uma variação específica para
cada desenho.
VHS e DVD (1997-2009)
Variante do Bob Esponja
Variante dos Padrinhos Mágicos
Variante do Danny Phantom
2006–2011
2008-2013
*Que fim levou
A Nickelodeon entrou em decadência a partir de 2010,
lançando desenhos que não obtiveram sucesso frente ao “trio de ouro” do Cartoon
Network. Sem contrato com seus antigos estúdios como Klaspy Csupo, DNA e O
Entertainment, a Nick apostou em estrelas da internet, spin-offs pouco
inspirados, “cópias” de desenhos de sucesso dos concorrentes,e animações hiperativas com humor fácil e
infantil.
Mas o pior mesmo foi terem trocado o logo clássico por algo
mais minimalista em 2010 (aqui no Brasil). Recentemente até andam adotando
estratégias para resgatar a nostalgia da velha Nickelodeon, mas com pouco
sucesso.
Nos anos 2000, os celulares se popularizaram de vez, mas não
eram smartphones como os de hoje em dia. Por mais que naquela época fossem
inovadores (chegando a ser considerados o ápice da tecnologia, segundo um certo
filme por aí...), hoje em dia a maior parte deles é chamada de dumbphone
(telefone burro). E nem eram Apple ou Samsung, mas a poderosa Nokia que
dominava o setor. Mas vamos por partes.
Um Pato Muito Louco (2001)
Nos anos 90, os celulares já estavam chegando, sendo comuns
especialmente entre empresários, mas foi na década de 2000 que o público em
geral passou a ter acesso. Diferente de hoje, o produto era considerado coisa
de adulto, afinal de contas porque uma criançar iria querer um dispositivo que
basicamente só servia para ligações. Adolescentes também estavam começando a
utilizá-lo, basicamente só para perder tempo com SMS.
A empresa responsável pelo advento do celular foi a Nokia,
com o seu revolucionário Nokia 3310, conhecido como “tijolão” e lançado no ano
2000. Este trazia o clássico Nokia Snake, o jogo da cobrinha. Além disto podia
enviar e receber SMS, possuía um compositor de música, menu animado, e discagem
por voz.
Nokia 3310 (2000)
Nokia Snake
Porém, o celular mais vendido da empresa, e da história, foi
o lendário Nokia 1100, fabricado de 2003 a 2009, e contabilizando 250 milhões
de unidades. Tinha por novidades a possibilidade de suportar chats e telas de
descanso, além de possuir um teclado de silicone diferentoso.
Nokia 1100 (2003)
Cabe destacar ainda o Nokia 1110, lançado em 2005 e com
muitas semelhanças para com o anterior, mas com o diferencial de possuir toques
polifônicos. Em resumo, a Nokia dominou a década de 2000, chegando a ter 15
novos modelos disponíveis no ano de 2008. O sucesso foi tamanho que ela
pleiteou entrar no ramo dos consoles com o seu N-Cage, datado de 2003, mas não
emplacou.
N-Cage (2003)
Mas se há um diferencial nos celulares dos anos 2000, e que
sustenta até hoje, certamente é o design. Cada celular era único, com as marcas
querendo se destacar umas das outras. Diferente da monotonia de hoje em dia.
Neste aspecto, a Motorola foi uma das que obteve maior destaque através de seu
Motorola RAZR V3, o qual era um celular flip (daqueles que abrem e fecham)
ultrafino e com teclado desenhado a laser. Além do mais, possuía câmera, algo que ainda
não era tão comum.Como esquecer a tal
resolução de batata.
Motorola RAZR V3 (2004)
Os celulares flip, aliás, acabariam por se tornar um dos
símbolos da década. Quando se pensa em celular dos anos 2000, certamente os
flip são os primeiros a vir a cabeça. Se tinham exemplos populares como o
Motorola U9 (de 2008), com seu design estranho;e o Nokia 2760, bem padrão de 2007.
Motorola U9 (2008)
Nokia 2760 (2007)
Já mais para o final da década, os celulares com teclado
QWERTY começaram a se popularizar, em especial a Blackberry, a qual chegou a
controlar 20% do mercado de celulares em 2009. Um de seus modelos mais
populares foi BlackBerry Bold 9700, lançado no mesmo ano e já dispondo de
internet 3G, algo que estava lentamente substituindo o 2G naquela época. Com
este teclado ficava bem fácil digital no que no tradicional modelo numérico.
BlackBerry Bold 9700 (2009)
Outra empresa que também passou a apostar em celulares com
este design foi a Samsung, embora seu modelo mais popular tenha sido um
convencional mesmo: o Samsung E1100, lançado em 2009 e vendendo mais de 135
milhões de unidades.
Samsung E1100 (2009)
Mas não só de celulares vive o mundo dos celulares... Vamos
falar um pouco de tendências, afinal, celulares diferentes hábitos diferentes. Por
exemplo, era comum o uso de chaveiros na antena do celular.
O bluetooth era a principal forma de transferir arquivos de
um aparelho para outro. Estes arquivos geralmente eram gifs e vídeos curtos.
Uns eram engraçados, outros eram basicamente as mensagens de bom dia do Orkut.
Por falar nisto, era comum você pagar para obter um gif ou um papel de parede
diferente.
Tipo de vídeo que era compartilhado por Bluetooth
Estes recursos diferentes também podiam ser obtidos por meio
do famoso “envie um SMScom a palavra
AMOR para o 48022”. Seguido tinha na TV um comercial do tipo, geralmente
proveniente da natta.com, ofertando coisas como piadas, joguinhos, raio-X, etc...e
tinha gente que pagava por isso.
E quanto às crianças? Naquela época, o máximo que eles
podiam ter era um celular de plástico da Hanna Montana, que se clicasse em
qualquer botão o máximo que iria acontecer era tocar a música “Butterfly”.
*Que fim levou?
Estes celulares continuaram comuns até cerca de 2012, quando
os smartphones modernos (com tela sensível ao toque) os ultrapassaram em
vendas. A partir daí, nada mais foi o mesmo. Aplicativo para tudo,
conectividade em tempo integral, geração Alfa viciada, alta velocidade,
Whatsapp, desempenho comparável ao de um computador, celulares todos iguais por
preços astronômicos e múltiplas câmeras desnecessárias.
Apesar de todo potencial, ainda sim há uma nostalgia por
tempos mais simples, onde SMS e gifs eram uma grande coisa, e as empresas
concorriam para oferecer o design mais diferenciado e o máximo de novos
recursos possíveis.
O Nintendo Wii foi lançado em 2006, numa época em que a
Nintendo vinha de duas gerações perdidas para a Sony e seu Playstation. Do
outro lado, a Microsoft e seu Xbob já atraiam a atenção de jogadores mais
“hardcore”. Que mercado restava para a Nintendo?
Eis que a Big N resolveu se reinventar, implementando um
recurso que se tornaria febre no final dos anos 2000, o Wii Mote. Um controle
com sensor de movimentos, inovador para a época, que permitiu com que todo
mundo quisesse jogar vídeo game. Pela primeira vez, jogos eletrônicos não eram
coisas somente de crianças ou nerds de 40 anos. Todo mundo embarcou na onda do
Nintendo Wii, até a terceira idade. Todo tipo de jogo surgiu desta moda,
especialmente de esportes. Infelizmente os televisores foram os que levaram a
pior....
Essa teve a sorte de não quebrar a tela
De repente, as concorrentes tiveram que mudar a estratégia,
criando suas próprias versões do Wii Mote. Mas o que seria de um grande recurso
sem uma boa biblioteca de jogos. Além do Wii Sports e do Wii Fit, a nova
geração trouxe jogos que hoje são aclamados como clássicos (o tempo voa), tais
como Zelda: Twilight Princess (2006), Mario Galaxy (2007), Smash Bros Brawl
(2008), Tatsunoko vs. Capcom (2008), Muramasa (2009), entre outros. Também teve
um curioso lançamento de Pokémon para o Wii em 2006....
The Legend of Zelda: Twilight Princess (2006)
Super Mario Galaxy (2007)
Tatsunoko vs. Capcom (2008)
Como nos anos 2000 a moda era deixar tudo mais hardcore, a
Nintendo não fugiu desta tendência, deixando seus personagens mais sérios do
que nunca.
Mario em 2008
E o que dizer de sua nostálgica interface, somada a uma
trilha sonora típica da Nintendo.
Melhor ainda quando rodado numa TV de tubo, afinal de contas
este foi o último console projetado especialmente para este tipo de monitor.
Sua resolução era de 480i, podendo ser reproduzido em widescreen de forma
semelhante a um DVD.
*Que fim levou?
Mesmo possuindo menos poder de fogo que seu concorrentes,
acabaou sendo o campeão de vendas da sétima geração de consoles, continuando
forte nas vendas até cerca de 2012. Teve seu último jogo lançado em 2020.
Interessante notar como algo que ainda ontem soava tão moderno, já esteja por
completar 19 anos de seu lançamento.
Infelizmente, o legado do Wii Mote não permaneceu para as
gerações posteriores. O que um dia foi uma grande febre, se tornou algo
supérfluo.
Copypastas são textos da internet copiados repetidamente,
espalhando-se como uma espécie de lenda urbana. Eram extremamente comum nos
anos 2000, época em que eram utilizados especialmente para transmitir
“correntes” assustadoras. Inicialmente,
viam como mensagens ou imagens sinistras enviadas de email em email. A mais
popular dos primórdios da internet foi o Smile Dog.
Quem olhar para esta imagem terá pesadelos
Com o passar dos anos, também passaram a ser republicadas no
Orkut, por exemplo. Uma das mais populares da época foi a da Samara, publicada
pela primeira vez em 2007:
“Oi, meu nome é Samara, tenho 14 anos (teria se estivesse
viva), morri aos 13 em Cascavel-PR. Eu andava de bicicleta, quando não pude
desviar de um arame farpado. O pior foi que o dono do lote não quis me ajudar,
riu bastante de mim. Após agonizar por 2 horas enroscada no arame, eu faleci.
Através dessa mensagem eu peço com que façam com que eu possa descansar em paz.
Envie isso para 20 comunidades e minha alma estará sendo salva por você e pelos
outros 20 que receberão. Caso não repasse essa mensagem, vou visitar lhe hoje à
noite, assim você poderá conhecer o tal arame bem de pertinho.
Dia 15 de julho, Mariana resolver rir dessa mensagem, uma
noite depois ela sumiu sem deixar vestígios. O mesmo aconteceu com Karen, dia
18 de outubro. Não quebre essa corrente, por favor. A não ser que queira sentir
a minha presença.”
O termo surgiu em 2006, e atingiu seu ápice em 2009. Não
eram destinadas só para assustar, mas também para provocar irritação.
*Que fim levou?
As copypastas perderam força nos anos 2010, com a
centralização da internet. Correntes deste tipo não são mais tão comuns, embora
ainda existam piadas frequentemente repostadas por aí.